domingo, 6 de dezembro de 2009

Enem, redações e confusões!

Apesar de algumas confusões na parte de conjugação do verbo, acho que minha redação ficou legal. Vou posta-la aqui 'pra módi' ouvir comentários sobre ela, para pelo menos amortecer a angústia da espera até janeiro...

O cálice, infelizmente, voltou

“Pai, afasta de mim esse cálice”. Chico Buarque quando compôs essa música não podia imaginar que o nosso país hoje estaria embriagado com a bebida amarga que descrevia. O cálice, ou cale-se, que ele tanto repudiava, hoje se alastra na população brasileira. O individualismo somado ao capitalismo exacerbado calou a voz da população, que mesmo diante da corrupção sem medidas, prefere ficar parada, visando apenas a comodidade pessoal.

Quem vivenciou ou conhece a época da ditadura sabe como o poder do povo é forte. Infelizmente, a população se estabilizou apenas no saber e preferiu observar quieta o que acontece no governo do país. Mesmo diante do grande arsenal de denuncias sobre as irregularidades do governo, os murmúrios inexpressivos da população indignada sobre o tema, é abafado diante dos gritos que o individualismo incessantemente tende a impor.

As pessoas hoje se preocupam apenas com o que acontece dentro de sua casa, ou não querem abalar sua estável rotina em busca de justiça. Como expor-se ou clamar por democracia de verdade é visto como desvantajoso, inviável e até as vezes considerado inútil, a sociedade se anestesiou dessa ideia.

Enfim, a frágil frustração acerca desses aspectos influi na crescente nação corrupta que está se criando. A força do povo antes tão clamada, hoje é inútil perante a vontade tão escassa de revolução. Porém ela, mesmo que adormecida, ainda existe. O poder do povo sempre existirá independente se usado ou não. A nossa esperança é que da mesma forma com que fomos capazes de mudar a história com ele, um dia ainda reanimemos para transformar o futuro. Para que do mesmo jeito que nos orgulhamos ao contar nosso passado, contribuirmos para repetir esse sentimento no futuro.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Justiça: você ainda acredita nela?

Observando a maneira com que a sociedade incessantemente clama por justiça resolvi dar minha opinião sobre o assunto. Você já percebeu como todo e qualquer cristão ou religioso se sente confortado quando pensa em justiça? É até engraçado de se ver. Às vezes me perguntam: ‘mas e quem faz coisas ruins e não é punido pela sociedade, o que acontece a ele?’ minha resposta? ‘Nada’. Sim, simples assim. Se um cara matou e não foi descoberto, não acontecerá nada com ele. Se uma pessoa fez mal a outra, não acontecerá nada com ela (claro, a não ser que seja programado por outra pessoa). Essa crença de que ‘aqui se faz aqui se paga’ ou então ‘pagará pelos pecados’ é pura ladainha, porque certo e errado vem cada pessoa, eu posso estar fazendo uma coisa que para você é errado e que pra mim não há mal algum. Esse blog, por exemplo, já ouvi críticas dizendo que eu sou errada em escrever o que escrevo quando que pra mim não vejo nada de mal no que faço. É tudo muito relativo. A justiça, como vêem, é relativa. Eu sei que é um pouco banal e até triste pensar assim, e sei também que essa é a pior barreira que uma pessoa quando está se descobrindo “ateu” tem de enfrentar. A justiça conforta, alivia, mas do que adianta se enganar, quando na verdade todo mundo sabe que ela não acontece sem que exista a intervenção planejada. Já disse um velho sábio: “Pra consciência eu não posso mentir, pois meu travesseiro não me deixa dormir”, sinceramente, algumas pessoas simplesmente dormem, preferem deixar isso nas entrelinhas, não pensar sobre assunto, esquecer. Mas quando são questionados estão prontos para dizer que acreditam na justiça. Que justiça frágil é essa que quando pisam no seu calo, quando mechem no seu mundo, estão dispostos a resolver com suas próprias mãos? Tenho certeza que muitos que tenham sofrido com problemas, se prontificaram eles mesmos a fazer a justiça, sem que a esperassem aparecer.
A justiça quando aplicada é sim eficaz, mas acreditar nela como mágica ou conseqüência chega a ser maçante e triste, acreditar em algo que não existe, por apenas ser feliz em acreditar. Infelizmente essa é a sina do cristão, religioso. Infelizmente para mim, que vejo isso e tenho minhas mãos atadas. Não os julgo por serem felizes de forma alguma, eu nem tenho direito de julgar coisa nenhuma, a única coisa que eu me sinto angustiada é a grande maioria não conseguir enxergar o que está tão claro, ou melhor, não querer enxergar a realidade.
Enfim, a felicidade é única e individual de cada ser humano. Um pouco da minha forma de ser feliz é diferente da grande maioria, mas no fim, nada disso importará, não é mesmo? No fim as únicas coisas que importarão não serão as formas com que fomos felizes, importará se fomos felizes... E isso, cada pessoa que se auto-julgará. :)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Falso Moralismo

Vi um caso hoje que me fez pensar. Aquela garota que foi expulsa da faculdade Uniban. Pra mim aquele é mais um caso de falso moralismo cometido pela sociedade. Engraçado, enquanto há mulheres entrando praticamente nuas dentro de nossas casas todos os dias pela tv não há nenhuma repulsa, mas naquela faculdade tiveram que fazer esse escândalo. Tudo bem, a garota não estava correta de usar aquele tipo de roupa na faculdade, mas aquele tipo de humilhação não era necessária, haviam outros meios de retirarem ela de lá. Sinceramente, eu na minha reles opinião, acho que esse tipo de exibição corporal, seja ela feita por quem for, muito repugnante. Mais triste ainda é o Brasil com essa imagem lá fora.
Naquela faculdade talvez os alunos quiseram se mostrar corretos, mas a forma com que a lincharam de lá não foi nada ético. Os estudantes, que queriam se passar como moralistas, acabaram criando mais um episódio humilhante para os próprios brasileiros. Como diria o velho Casoy, "isso é uma vergonha"!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Acho que vou me converter *----*

Perambulando pelas minhas leituras matinais e comentários sempre trocados de atualidades com amigos, família e assim por diante, fiquei sabendo não lembro como dos famosos calendários de padres¹. Relembrando desse episódio resolvi procurar no pouco visitado site Google sobre o acontecido e vi a lista. No site do Buteco da Net encontrei os benditos. E bota bendito nisso, acho que com uns padres desses até eu gostaria de ir para a Igreja. Achei interessante esse método da igreja, apesar de, deveras, contraditório. Mas aí vai os melhores gostosões (pecaaado, gente). Acho que o desespero da Igreja é tanto, que estão querendo trazer seus fiéis pelo pecado, para que na Igreja mesmo eles queiram se redimir do pecado da luxúria, apesar de que ir na missa com esses padres ministrando... Mas tudo bem, regalias cristãs à parte, as laicas, agnósticas, ateus e simpatizantes que o digam, nessa eu aprovei a Igreja, haha. [/ironia



¹ Para os desavisados de plantão, o calendário dos padres é uma forma que a Igreja resolveu para deixar as mulheres loucas levar mais informações aos turistas que visitam Roma. Eles são vendidas pela internet, telefone e bancas de jornais e trazem no verso de cada foto, notícias sobre o Vaticano, e estão em circulação desde 2003.

sábado, 24 de outubro de 2009

Vídeo: Drauzio Varella

Achei muito válido postar este vídeo aqui, Drauzio Varella falou tudo nesse vídeo.


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Tudo novo!

Mudei a cara do blog pelo fato de eu querer abranger mais assuntos, enfim, escreverei agora o que me der na telha, e não precisarei mais ficar com peso de 'objetivo de blog' ou 'fugir do assunto', de forma geral. Ainda mais porque eu sempre tenho ideias que deixo de colocar por não ter nada a ver com o blog, rs. Você sabe, as críticas de sempre, mas com mais assuntos \o/
Acho que acertei na decisão!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Novamente o papo homem mulher (esse voltado mais pro lado machista da coisa)

gente, antes de me rotular feminista, leia o post inteiro! ;D

Não querendo posar de machista nem feminista, queria desfragmentar este texto, (que é bem popular, diga-se de passagem) e mostrá-lo como boa parte dele é machista.


"Mulheres são fodas: não broxam, não ficam carecas, não sofrem de fimose [1], tem um dia internacional [2], sentar de pernas cruzadas não dói [3], podem usar tanto rosa como azul [4], tem prioridade em boates ou em qualquer lugar, não pagam a conta, no máximo racham [5], a programação da tv é 90% voltados para elas [6], a idade não atrapalha no desempenho sexual [7], se são traídas são vítimas, se traem eles são cornos [8], mulher de embaixador é embaixatriz, homem de embaixatriz não é nada [9]. São monogâmicas, embora precisam testar vários homens para achar um que tenha valor [10], se resolverem exercer profissões predominantes masculinas, são pioneiras. Mas se um homem exerce profissão tipicamente feminina é bicha [11], e por último: fazem tudo que um homem faz só que com um detalhe: de salto alto[12].


[1] Até aí tudo bem, mas isso é relativo: homem não menstrua, não tem cólicas, não precisa depilar, não fica grávido (existe este termo?), a fimose é realmente horrível, mas o homem não tem hímem, o que pode se considerar uma desvantagem feminina assim como a fimose (me refiro quando ele deve ser rompido, prefiro não entrar em detalhes).
[2] Mulher tem um dia internacional, o homem tem os outros 364, todo mundo sabe como é de pouca
influência a população feminina no termo de desenvolvimento econômico, que é o que usa-se de base, é triste dizer, mas é real. Essa data é TOTALMENTE machista.

[3] Isso é vantagem, hehe. Mas homem faz xixi em pé: relativo, relativo.
[4] Poderia entrar em mundo de coisas nesse item. Mas vou falar por cima, vê se capta o que quero dizer: mulher ao longo dos anos, como só servia os homens, suas 'conquistas' normalmente são superficiais. Isso é questão de roupa, como mulher tinha tempo, se preocupava com coisas não tão importantes.(acompanha minha linha de raciocínio, não quero me estender muito, acho que não estou conseguindo ser clara neste post). 
[5] Distinção entre homem em mulher já é ruim, mesmo benéfico. O homem tem o dever de sempre estar por cima, mantendo a casa, as contas, enquanto a mulher não precisa de se preocupar com o dinheiro, já que tem o homem. Logo essa 'vantagem' se torna subliminarmente machista.
[6] Preciso explicar? A mulher tem mais tempo, enquanto o homem trabalha, ela fica em casa vendo tv. Se for parar mesmo para analisar, a hora que passa um conteúdo voltado mais para os homens ou 'unisex' (os 10%) é horário de almoço, quando o homem tem a pausa do trabalho para almoçar (jornal, esportes) e depois das 8, quando o homem chega do trabalho, quando se passa jornal, novela e filmes, normalmente de ação.
[7] Desculpe pelos termos, mas poder dar com qualquer idade não quer dizer satisfação pessoal, sabe-se que o desejo da mulher também cai com o correr do tempo, e sexo sem desejo é a mesma coisa de impotência.
[8] Claro, a mulher é sempre vítima, nunca leva o real peso das coisas. O homem tem que aguentar, fato.
[9] Ai ai, mais um que não precisava de explicação. Mulher normalmente nunca é o polo da casa, então o marido da embaixatriz com certeza tem outros títulos para se preocupar.
[10] HA-HA-HA-HA, passo pra frente, esse é machista por si só! PQP!
[11] Olha o tamanho do ramo masculino e o tamanho do feminino. Homem não se rebaixa para fazer as 'profissões femininas'
[12] O salto é brinde, pelo menos isso. (Eu poderia falar da vontade da mulher de se sentir como o homem que normalmente é mais alto, o que é coisa da genét... Ah, deixa como brinde ^^')


Bom, primeiro quero pedir desculpas, porque não é esse o meu objetivo do meu blog. Segundo, eu queria dizer que eu estou expondo a forma que O MUNDO em geral vê as coisas, não que eu concorde, mas temos que no mínimo conformar, mas graças a... humanidade (te peguei né), isso está mudando. Eu sou mulher e é claro que odeio a submissão de qualquer forma, não quero que as mulheres passem a frente dos homens nem que continue como está, a minha maior vontade mesmo é que consigamos caminhar juntos. Ainda demora um pouco, mas um dia chegaremos lá. :)

*Ah, e desculpes pelos termos usados, esse texto realmente não ficou lá essas coisas, mas eu achei legal decodificar essas informações, foi uma diversão a parte, hehe.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Vídeo

Post rapidinho de uma porcaria um  vídeo que eu tentei ver, neste blog: http://verdadesqueferem.blogspot.com/2009/10/video-repugnanteestrelando-por-criancas.html
Pois é... Horrível, não? Pois é por DEUS que essas crianças aprendem essas atrocidades. E ainda dizem que o mesmo deus da católica é o da muçulmana, que é o da congregação... Eu realmente agradeço pra não servir nenhum desses deuses!

ATENÇÃO: VÍDEO COM IMAGENS MUITO FORTES.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Liberdade

Liberdade, física ou psíquica, é um estado de espírito individual para cada ser humano. Há quem se sinta liberto com um bom estado financeiro, há os que consideram um relacionamento afetivo como tal, há quem apenas espera ela chegar com a idade, também há aqueles que consideram ela como uma forma de vida e também aqueles que nunca se sentirão libertos.
Para mim, liberdade é relativo. Em determinada situação, me considero liberta, como em ter minhas próprias ideias, mas também há situações que me prendem, me sufocam, me deixando mal comigo mesma e acabo prejudicando as pessoas ao meu redor. Às vezes para eu me sentir em plena liberdade, preciso estar num quarto, sozinha, e outras que tenho que estar junto com meus amigos em um lugar aconchegante e receptivo.
Mas há um tipo de liberdade que eu não largo mão: estar de bem comigo mesma. Este pra mim é o mais importante. Às vezes tomamos atitudes impensadas que acabam em decepções, transformando o que deveria ser algo prazeroso em um sufoco. E onde quero chegar com essa ladainha? Espero ter conseguido explicar uma coisa para alguém. Não quero fazer ninguém se sentir mal por esse meu jeito, mas não sei como me expressar melhor quanto a isso. A única coisa que tenho a fazer é pedir desculpas por ter feito algumas pessoas “perderem seu tempo” como me foi dito. E também falar que eu não me arrependo sobre o que aconteceu. Acho que não consegui melhorar muita coisa, mas pelo menos eu tentei, ^^’. Até o próximo post!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Repondendo comentário: Bianca

Bianca, eu adorei seu comentário, meu blog é para isso mesmo, discutir ideias, eu vou responder seu comentário em um post porque ele abrangerá muitos assuntos, e eu acho que será interessante divulgar as ideias que expressarei :)
Então, vamos la \o/
“o excesso do mal ?!
Bom,você escrevee SUPER bem mas discordo um pouco das suas "idéias".
Eu sempre acreditei fielmente em Deus e não acho que tudo que falam por ai, (a maioria das pessoas)oque estar nas ecrituras e etc seja em vão.”

Não que sejam em vão, de forma alguma! Sempre há um propósito. As ideias expostas na bíblia são de caráter controlador para que a sociedade se redima de alguma forma. Se não houvesse uma forma de controlar às pessoas (que tem instintos que indispõem a racionalidade), o mundo hoje seria um caos. Mas cabe a quem quer ser controlado através desse sistema de medo e apreensão ou então fazer coisas boas para sentir-se bem, sentir-se bem em ter caráter.
“Você acha que viemos de onde? De uma banal explosão e tudo acontece por acaso ?"
Olha, eu não sei de onde vim, nem pra onde estou indo. O big-bang, a meu ver, não foi o começo de tudo, pois haviam as partículas para ocasioná-lo, logo, já existiam outras formas materiais. Contudo, eu acredito que com a evolução dos seres dentro do planeta terra tenham formado sim os humanos, assim como qualquer outro ser. Ou você acredita em Adão e Eva? Se você parar para analisar nossos sentimentos, verá que tudo tem uma explicação se levado em conta a forma que vivam nossos ancestrais: o medo, a tristeza, a felicidade, a compaixão, o amor, tudo isso provém, basicamente, da necessidade de continuar perpetuando a espécie, e porque as pessoas não vêem algo bonito nisso? Parece que as pessoas tem medo de conseguir explicar sentimentos, mas eles, mesmo que exista um porque para serem sentidos, são tão mágicos quanto se não houvessem explicações.
"~~ .Como você pode pensar que não tenha um superior e que Ele organize tudo!?”
Bom, desculpe, mas eu achei até um pouco hilário essa sua frase. Eu não acredito que há um dono de tudo controlando tudo que eu faço a todo momento e que se eu tiver um deslize qualquer ele vai me mandar pro inferno. Até mais porque, qual é a prova que ele existe? A bíblia? Então a história em quadrinhos prova a existência do superman. E se existisse alguém organizando tudo, com certeza esse mundo não estaria da forma que encontramos, e não me venha falar do livre arbítrio quando têm-se 10 regras impermutáveis a se seguir. Se deus sabe de tudo porque me criou sabendo que eu não acreditaria nele e que e iria pro inferno, sendo que ele supostamente me ama? Falácias responderiam essa questão, mas argumentos cabíveis me deixariam em condição de prova e resposta novamente.
"Aquelas pessoas que se dizem ateu, como você, não acreditam porque não querem, tudo isso que vivemos,oque acontece, todas essas coisas, têm seu próposito, as coisas boas as ruins."
Não que seja por eu não querer, é porque isso não me convenceu. Não acredito que haja um propósito ‘pras’ coisas, apesar disso ser muito duro e frio de se pensar. Mas se eu quiser criar o meu propósito de vida, por que não posso ser feliz assim?
"Não sei bem como me expressar, mas acredito plenamente em um Deus que deu seu filho unigênito para que morresse por nós e não acho que Ele seje maldoso, e sim que pensou muito em todos nós para que tenhamos a vida eterna."
Se houvesse um reino de ladrões condenados eu não acho que se o rei matasse seu filho inocente tiraria a culpa desses ladrões. Isso seria até uma atrocidade se pensasse racionalmente no fato.
"Tudo é mas fácil com Ele, mas feliz, tudo seria melhor se todos acreditasse nele, seria tudo mas fácil... !"
A estimativa é que os ateus sejam 2,5% da população mundial. Isso porque os índices estão crescendo, portanto, são os teístas que transformaram o mundo em como ele está hoje. Se mata muito mais gente em nome de deus do que em qualquer outra coisa. Hitler, por exemplo, era cristão, além de outros inúmeros exemplos que posso citar. O que eu quero dizer é que a maioria da população é teísta, a religião, a crença em deus, propriamente dizendo, não torna ninguém bom, ou ruim, isso é uma questão de caráter.

"Mas não as pessoas caem facilmente lá lábia do diabo que só quer nos derrubar e nos oferecer coisa mundanas que não nos dará futuro.Vou te confessar que é "legal" essas coisas que essa peste tem pra nos oferecer, tudo quer nos tentar, mas futuramente quando Cristo descer e levar aqueles que cumpriu a sua "missão" aqui na terra, todas essas coisas "legais", irão mudar totalmente pois queimaremos a ETERNIDADE no iferno, com dor, sofrimento e ranger de dentes; é isso não será nada Legal ^^."

As formas de certo ou errado se distinguem de uma pessoa a outra, isso vai da consciência de cada um. As situações que a vida nos faz passar nem de longe poderiam ser um campo de prova para definir alguma coisa, visto que cada pessoa passa por situações diferentes na vida. Se formos pensar então de acordo com a bíblia, se uma mãe, por exemplo, ama mais o filho que a si mesma, não seria coerente ela matar seu filho quando criança, garantindo-lhe vida eterna no céu, e se sacrificando para ir ao inferno para assegurar que seu filho seja feliz? Já que são pouquíssimos os escolhidos, o que leva a crer que você seja diferente de outra pessoa? Se vocês fazem as mesmas coisas, logo, você vai pro inferno (?). E se depois da morte, é a vida eterna, porque não sacrificar míseros anos na terra sendo uma freira devota, para depois passar toda a eternidade no paraíso? Isso é, definitivamente, muito contraditório.
"Eu não estou aqui pra te fazer crer em Deus, mas que você possa refletir, sobre oque estar postando nesse seu blog."
Que tal você refletir sobre o que eu estou postando no blog? Mesmo que as razões culturais te prendam, vale a pena pensar um pouco além do que te dizem.

"Você deve pensar que crer em Deus ou segui-lo seje uma coisa chata de quem não aproveita
vida e que ele nos impessa de ser feliz."
De forma alguma! Quando fui cristã foi uma época muito feliz, eu me sentia muito bem! Mas eu cresci nesse aspecto e vi a complexidade dos fatos. Basta não ter medo de raciocinar. Não sou ateu por motivos vagos, eu sou ateu porque eu aprendi a escutar a voz da razão. A enxergar o que estava diante de meus olhos.
"É impossivel uma vida sem Fé, bem que essa palavrinha é muito complexa, putz crer sem ao menos ver ~~,é realmente para aqueles que realmente a capacidade de amar, de querer o bem e não ficar imaginando coisa não é mesmo?!"
Bem, eu posso crer no unicórnio rosa invisível se eu me sentir bem com isso. E eu tenho sim a capacidade de amar, amar meus pais, meus amigos, um ateu é uma pessoa normal, não é nenhum monstro não... Sinceramente? “O mundo já tem muito pouco amor para depositá-lo em um ser invisível.”
"E é isso, seu blog é bastante interessante, chega até a confundir quem ler, mas é realmente isso que Lúcifer pretende, o anjo mas lindo de todos que queria ser Deus, coitadinho rsrs, foi expulsso no céu.kkkkkkk."
Obrigada pelo interessante. Eu acho que é isso que a sociedade quer, que você tenha essa crença em lúcifer para que não leve a sério o que eu digo. Como eu disse antes, depende de você se quer refletir sobre isso ou não.

"Deus é amor, e escreve certo por linhas tortas, no final ele só quer o teu bem. :D
Bom eu não quero te obrigar a acreditar Nele, é só pra comentar mesmo, posso né!?
hehe
Beijão &."
Vamos nós sermos esse amor. Depositemos esse amor nas pessoas, não em deus!
Muito obrigada por comentar meu blog, discutir ideias é o motivo central do meu blog!
Se você desejar comentar mais alguma coisa sobre o assunto estou a disposição!
Bjos!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Por quê?

É engraçado, alguns cristãos alegam que a medicina não consegue explicar alguns 'milagres'. E daí? Há alguns séculos não se tinha explicação pra diversas doenças, isso é questão de evolução. E porque não dizem nada sobre as anomalias? Não seria o contrário do milagre? Qual explicação? Por que deus criou pessoas com essas doenças? Por que crianças inocentes nascem assim? Por que? Por que? São tantos "por que's"... E o melhor é que os cristãos respondem isso com 'essas são questões que apenas deus pode responder' depois digo que os cristão são pessoas com preguiça de pensar e brigam comigo... Talvez até não seja preguiça de pensar, seja falta de interesse, medo. Se foi criado assim por tanto tempo, se seus pais acreditam nisso, seu professor, seus amigos, pra quê contrariar? Ai ai, esses tabus da sociedade ainda vão me matar!

Ps. Netinho muito obrigada por me motivar a escrever meu blog!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Homem vs Mulher?

Fugindo um pouco do assunto central do blog, esses dias eu estava me martirizando. Me vinha sempre a questão de machismo ou feminismo na cabeça, e eu passei a refletir. Teve uma época que eu estava insuportavelmente feminista. Passava horas discutindo da superioridade das mulheres e não aceitava que dissessem algo que fugisse do que pensava, porque, infelizmente, eu tenho a terrível mania de odiar perder discussões. Enfim, teve então um dia em que, observando as mulheres ao meu redor, nas revistas, TV, fui vendo a futilidade e mediocridade que a maioria delas se encontrava e passei a ter uma certa tristeza ao ver as mulheres estereotipadas com a função de ser gostosa e correr atrás de homem para ser feliz, foi então que comecei a me tornar machista... Mas me enganei também. Observei os homens e percebi que se não for para falar de carro, sexo ou quem é melhor em o quê, não se engaja na massa dominante.
Foi aí que passei a perceber. Não importa se é homem ou mulher, pessoas medíocres indispõem do sexo. A verdadeira seleção entre as pessoas, descobri, vem do intelecto, as ideias da massa podem até ser distintas para homem e mulher, mas não tem relação entre um e outro para serem melhores ou piores, e demorou pra eu perceber isso.
Enfim, estava precisando escrever sobre isso esses dias, porque passei um bom tempo refletindo sobre, e tive necessidade de compartilhar isso com meu blog. :)
Até!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Mesmo que o céu não exista / Sponville

Há alguns dias recebi um email do meu cunhado, achei muito proveitoso e resolvi expor ele aqui. Apesar de um pouco extenso, leia, vale a pena. Boa Leitura!

MESMO QUE O CÉU NÃO EXISTA
- A existência de Deus e a problemática da fé na obra de Sponville -


A obra toda de André Comte-Sponville está permeada por um esforço para pensar uma solução para a questão: “como viver após a morte de Deus e mesmo que o Céu não exista?” Trata-se de descobrir um meio de conviver, se possível de modo harmonioso e feliz, com essa “formidável ausência, em toda parte presente”, para usar uma expressão de Alain. Ao mesmo tempo em que ele sempre se confessou um ateu convicto, foi sempre um crítico ferrenho do niilismo e da destruição, por um lado, e do abandono das preocupações espirituais, por outro. “Tenho horror ao obscurantismo, ao fanatismo, à superstição”, comenta em O Espírito do Ateísmo. “Também não gosto do niilismo nem da apatia. A espiritualidade é importante demais para que a abandonemos aos fundamentalistas.”

Sponville nunca temeu dar testemunhos pessoais e auto-biográficos em sua obra, deixando claro que foi “criado no cristianismo” e acreditou em Deus (“com uma fé bem viva, permeada embora de dúvidas”) até “por volta dos dezoito anos” . Talvez esteja aí a chave para entender o porquê do seu respeito e sua fidelidade a suas raízes cristãs, que subsistem como um “resíduo” do passado. Longe de ser um “ateu de nascença”, Sponville é o que se poderia chamar de um apóstata. E ter tido fé talvez nos ajude a entendê-la, quando a perdemos, muito mais do que seria possível se nunca a tivessemos conhecido. Entendemos melhor, talvez, o que leva as pessoas a sentirem necessidade de crer, se já sentimos em nós mesmos a mesma necessidade, o mesmo anseio, a mesma tendência. Em seu testemunho pessoal, Sponville garante que perder a fé representou para ele uma “libertação”, um “rito de passagem” extremamente positivo, mas ele se abstêm de julgar que tal experiência possa valer universalmente.

“Era como se eu saísse da infância, dos seus sonhos e medos, dos seus suores, dos seus langores, como se eu entrasse enfim no mundo real, o dos adultos, o da ação, o da verdade sem perdão e sem Providência. Que liberdade! Que responsabilidade! Que júbilo! Sim, tenho a sensação de viver melhor – mais lucidamente, mais livremente, mais intensamente – desde que sou ateu. Mas isso não poderia valer como lei geral.”


Não há em Sponville um desprezo irado ou um combate feroz à religião. Ele expõe os argumentos e testemunhos que julga pertinentes em defesa do ateísmo, mas nunca com uma intenção expressa de “converter” os crentes à descrença, destruir cruelmente a fé, fazer tábula rasa dos valores religiosos. Ele reconhece o valor de muitos artistas e pensadores irremediavelmente ligados ao universo religioso (e o gênio de um Pascal, de um Santo Agostinho, de tantos outros, já é razão para que se evite uma condenação radical das doutrinas). E sabe também que “há mais santos entre os crentes do que entre os ateus; isso não prova nada quanto à existência de Deus, mas proíbe que se despreze a religião” (19).

* * * * *

RAZÕES PARA NÃO CRER

1. O EXCESSO DO MAL

Sponville nunca negou que foi influenciado ao extremo pela argumentação de Marcel Conche, de quem foi aluno na Sorbonne de Paris e a quem considerava como um grande “mestre”. Conche encontrava na existência indubitável do Mal no real uma espécie de comprovação da inexistência de uma divindade bondosa e onipotente que teria criado e que estaria gerindo o Cosmos.

Mas de modo algum essa é uma descoberta recente, já que remete à Roma antiga (com Lucrécio) e à Grécia pós-aristotélica (com Epicuro), já que ambos se puseram a questão terrível: “como é que pode um mundo onde existe tanto sofrimento vão, tantas mortes inexplicáveis, tantas injustiças inaceitáveis, e no qual a natureza tantas vezes se manifesta como uma força cega e selvagem, ter sido criado por um ser infinitamente sábio e generoso?”

Epicuro manifestava esse assombro supondo 4 hipóteses sobre Deus, todas igualmente absurdas:

“Ou Deus quer eliminar o mal e não pode; ou pode e não quer; ou não pode nem quer; ou quer e pode. Se quer e não pode, é impotente, o que não corresponde a Deus; se pode e não quer, é mau, o que é estranho a Deus. Se não pode nem quer, é ao mesmo tempo impotente e mau, logo não é Deus. Se quer e pode, o que corresponde somente a Deus, de onde então vem o mal ou por que Deus não o suprime?”



Lucrécio, o maior herdeiro de Epicuro no mundo romano, e que escreveu toda sua obra na intenção de divulgar e enaltecer o epicurismo, também sugeria, como comenta Sponville, que “a natureza mostra bastante bem, com suas imperfeições, 'que não foi criada para nós por uma divindade'. O poeta, sobre esse tema, encontrará um dos seus mais belos e mais trágicos timbres: a vida é difícil demais, a humanidade é fraca demais, o trabalho é extenuante demais, os prazeres vãos ou raros demais, a dor é demasiado frequente ou demasiado atroz, o acaso é demasiado injusto ou demasiado cego para que se possa crer que um mundo tão imperfeito seja de origem divina!”

Todas as soluções teístas para esse problema parecem inaceitáveis para Sponville. É inaceitável o mito do Pecado Original, que procura condenar a humanidade em massa a fim de salvar a pele de Deus (pois se somos todos pecadores, todos os sofrimentos que padecemos são, de certo modo, merecidos...). Pascal, que sustentava que era preciso que o homem nascesse já conspurcado pelo pecado, pois de outro modo Deus é quem seria o culpado por um mal que nos atingiria injustamente, segue demasiado rigorosamente o cristianismo neste ponto e acaba caindo numa certa necessidade de condenação que é uma das marcas mais amargas desta religião. Mas quem teria coragem, frente a uma mãe em luto, que acabou de perder seu filho pequeno para uma doença ou acidente qualquer, dizer que seu bebê merecia morrer por ter nascido com a marca do Pecado Original?

Também é inaceitável a sugestão de que o mal seria “meramente aparente” e que “Deus escreve certo por linhas tortas” - algo como dizer: o mal é só uma etapa, um acontecimento episódico, mas tudo está sendo conduzido em direção a um Bem final que se perpetuará. Teríamos que esperar o fim chegar para checar a verdade dessa asserção, e enquanto isso o sofrimento continuaria a chover em tempestades sobre a humanidade... Sponville fala com um certo desdém das “justificativas indecentes de um Leibniz” (111). Também lhe parece uma fantasia sofisticada mas insustentável a doutrina de Simone Weil, que propõe que a Criação, para Deus, é um ato de esvaziamento, de retirada, de apequenamento de seu ser – Deus teria criado o Universo e Dele se retirado para não nos pesar nas costas com sua envergadura demasiado imensa...

“Há horrores demais neste mundo, sofrimentos demais, injustiças demais – e muito pouca felicidade – para que a ideia de ele ter sido criado por um Deus onipotente e infinitamente bom me pareça aceitável. Claro, muitas vezes os responsáveis por esses sofrimentos e essas injustiças são os homens. Mas quem criou os homens? Os crentes vão me responder que Deus nos criou livres, o que supõe que possamos praticar o mal... Isso nos remete à aporia já evocada: somos então mais livres do que Deus, que só é capaz – perfeição obriga – de praticar o bem? E mesmo deixando de lado essa dificuldade, por que Deus nos criou tão fracos, tão covardes, tão violentos, tão ávidos, tão pretensiosos, tão pesados? Por que tantos canalhas ou medíocres, tão poucos heróis ou santos? Por que tanto egoísmo, inveja, ódio, tão pouca generosidade e amor? Banalidade do mal, raridade do bem!”

A evidência da presença do mal é evidência da ausência de Deus.

“...há todos esses sofrimentos, desde há milênios, pelos quais a humanidade não é responsável. Há todas essas crianças que morrem de doenças, muitas vezes com sofrimentos atrozes. Esses milhões de mulheres que morreram de parto (que às vezes ainda morrem), com a carne e a alma dilaceradas. Há as mães dessas crianças, há as mães dessas mulheres, quando ainda vivas, incapazes de ajudá-las, de aliviá-las, que só podem assistir, impotentes, ao horror... Quem ousaria lhes falar de pecado original? Há um número incontável de cânceres (nem todos se devem ao meio ambiente ou ao modo de vida). Há a peste, a lepra, o impaludismo, a cólera, o mal de Alzheimer, o autismo, a esquizofrenia, a mucoviscidose, a miopatia, a esclerose múltipla, o mal de Charcot, a coréia de Huntington... Há terremotos, maremotos, furacões, secas, inundações, erupções vulcânicas. Há a desgraça dos justos e o sofrimentos das crianças. Ao que o pecado original dá uma explicação ridícula ou obscena. 'Tínhamos de nascer culpados, ou Deus seria injusto', escreve Pascal. Há uma outra possibilidade, mais simples: que Deus não existe.”


2. A MEDIOCRIDADE DO HOMEM

Não se trata de misantropia pura e simples, gratuita, sem nexo, que espalharia uma condenação massiva (é essa, muito mais, a atitude cristã!). Trata-se apenas de reconhecer que o ser humano, como a sua História prova com tão incontáveis exemplos, é frequentemente capaz do pior – e que pode ser, tantas e tantas vezes, irracional, insensato, agressivo, assassino, egoísta, vulgar, vicioso, medíocre.... Como conciliar a idéia de um Deus perfeito e infinitamente sábio criando criaturas tão imperfeitas, tão egoístas, tão auto e mutuamente destrutivas?

“A ideia de que Deus tenha podido consentir em criar tamanha mediocridade – o ser humano – me parece, mais uma vez, de uma plausibilidade baixíssima. 'Deus criou o homem à sua imagem', lemos no Gênesis. Isso nos faz duvidar do original. Parece-me muito mais concebível, muito mais sugestivo, muito mais verossímil que o homem descenda do macaco.” “A miséria do homem, como diz Pascal, me parece muito mais incompatível com sua origem divina do que sua grandeza com sua origem natural! O fato de sermos capazes de amor e de coragem, de inteligência e de compaixão, isso a seleção natural pode bastar para explicar: são vantagens seletivas, que tornam a transmissão dos nossos genes mais provável. Mas que sejamos a tal ponto capazes de ódio, de violência e de mesquinharia, isso (que o darwinismo explica sem dificuldade) me parece exceder os recursos de qualquer teologia. É inútil explicar que não sou exceção. Quanto mais eu me conheço, menos posso crer em nossa origem divina. E, quanto mais conheço os outros, menos a coisa se arranja... Crer em Deus é pecado de orgulho. Seria atribuir a nós mesmos uma causa muito grande para um efeito tão pequeno. O ateísmo, ao contrário, é uma forma de humildade.”

Como criações divinas, os homens são incompreensivelmente diabólicos. Como animais, são muito mais compreensíveis. “O mesmo homo sapiens, que não seria mais que uma imitação grotesca de Deus, é o mais extraordinário, de longe, de todos os animais: ele tem um cérebro espantosamente complexo e eficiente; é capaz de amor, de revolta, de criação; inventou as ciências e as artes, a moral e o direito, a religião e a irreligião, a filosofia e o humor, a gastronomia e o erotismo..”


3. O PERIGO DO FANATISMO

Que todas as religiões têm sangue nas mãos, isso é inegável. Mas isso prova que Deus não existe? Não. Mas é um bom sinal de alerta.

“A Inquisição ou o terrorismo islâmico, para tomar esses dois exemplos, ilustram claramente a periculosidade das religiões, mas não dizem nada sobre a existência de Deus. Toda religião, por definição, é humana. O fato de todas terem sangue nas mãos poderia tornar alguém misantropo, mas não bastaria para justificar o ateísmo – o qual, historicamente, tampouco está isento de recriminações, especialmente no século XX, nem de crimes.


Não é a fé que leva aos massacres. É o fanatismo, seja ele religioso ou político. É a intolerância. É o ódio. Pode ser perigoso crer em Deus. Vejam a noite de São Bartolomeu, as Cruzadas, as guerras de religião, o jihad, os atentados de 11 de Setembro de 2001... Pode ser perigoso não crer. Vejam Stálin, Mao Tsé-Tung ou Pol Pot... Quem vai calcular os mortos, de um lado e de outro, e o que eles poderiam significar? O horror é incalculável, com ou sem Deus. Isso nos ensina mais sobre a humanidade, infelizmente, do que sobre a religião.”


4. A FRAQUEZA DA EXPERIÊNCIA

O argumento que tenta fazer com que a existência de Deus decorra do mero fato de existir a idéia de Deus dentro do homem é rapidamente descartada por Sponville, já que “ é sempre ilegítimo passar do conceito à existência” (pg 80). Além disso, a falta de provas empíricas é gritante. Deus, se existe, brinca de esconde-esconde com a humanidade desde o começo dos tempos – não se deixa ver, não se faz ouvir, não se pode tocar. A imensa maioria dos homens que já viveu, se for sincero com seu testemunho, irá dizer que nunca teve nenhuma experiência sensível direta de Deus. E aqueles que dizem terem-no visto podem ser muito plausivelmente loucos, charlatões ou delirantes..

“O que vocês pensariam de um pai que se escondesse dos seus filhos? 'Não fiz nada para manifestar minha existência, eles nunca me viram, nunca me encontraram', ele contaria a vocês. 'Deixei-os crer que eram órfãos ou filhos de pai desconhecido, para que fossem livres de acreditar ou não em mim...' Vocês achariam que esse pai é um doente, um louco, um monstro. E teriam toda razão. Que Pai seria este para se esconder em Auschwitz, no Gulag, em Ruanda, quando seus filhos são deportados, humilhados, esfaimados, assassinados, torturados? A ideia de um Deus que se esconde é inconciliável com a ideia de um Deus Pai.” (96)



5. DESEJO E ILUSÃO

Seguindo os passos de Freud em seu clássico ensaio O Futuro de Uma Ilusão, Sponville também aponta que a religião está sob suspeita de ter sido inventada pelos homens como um discurso que nos diria exatamente o que desejamos ouvir. O fato dela ser tão conveniente, tão reconfortante, tão consoladora, tão congruente com nossos anseios, é muito mais uma razão para que fiquemos alertas quanto ao seu valor de verdade do que algo que nos garantiria sua veracidade.

"No fundo, o que é crer em Deus? Crer em Deus é crer que o essencial de nossos desejos, de nossos desejos mais fortes, será satisfeito, ou até mesmo já está satisfeito. O que desejamos, no fundo, acima de tudo? Não morrer, reencontrar aqueles que perdemos, ser amados... E o que nos diz a religião? Que não morreremos, ou não verdadeiramente, que vamos ressuscitar; que reencontraremos aqueles que amamos e perdemos; enfim, que somos amados para além de toda a esperança. Como gostaria que isso fosse verdade!”

Justamente pelo fato de que gostaríamos que fosse verdade aquilo que a religião nos diz que é verdade, é de se suspeitar que estamos sendo vítimas de uma ilusão.

Em resumo, Sponville sintetiza suas razões para não crer:

“...não creio primeiro porque nenhum argumento prova sua existência; depois, porque nenhuma experiência o atesta; enfim, porque quero permanecer fiel ao mistério, ante o ser; ao horror e a compaixão, ante o mal; à misericórdia ou o humor, ante a mediocridade; enfim à lucidez, ante nossos desejos e nossas ilusões.”

* * * * *


O ATEU FIEL


Nietzsche, quando fez seu diagnóstico sobre a queda brutal da crença religiosa na Europa de seu tempo, fenômeno sintetizado no seu marcante lema “Deus está morto”, sugeria não somente que a fé religiosa estava entrando em descrédito, mas que todo um sistema de valores ligado a ela sucumbia junto. Em Sponville não há necessariamente um vínculo entre os dois fenômenos - o abandono da crença em Deus não exige o abandono de todos os valores que vinham acoplados à religião. Estes podem – e devem! - sobreviver. Trata-se de manter-se fiel ao que há de louvável nesta tradição e não lançá-la inteira no lixo – e aqui a fidelidade é entendida como um apego, um comprometimento, um reconhecimento, um ato de gratidão para com a tradição, a valores que a religião fazia seus, mas que são de todos.

“...a Europa crê cada vez menos. Será uma razão para jogar fora o bebê com a água da banheira? Há que renunciar, ao mesmo tempo que ao Deus socialmente morto (como poderia dizer um sociólogo nietzschiano), a todos esses valores – morais, culturais, espirituais – que foram ditos em seu nome?”

A resposta a essa questão, para Sponville, é obviamente não. Quer se creia em Deus ou não, valores como a caridade, a sinceridade, a coragem, a generosidade, a justiça, o amor, continuam sendo valores dignos de serem louvados e perseguidos. Em sua obra mais conhecida e de maior sucesso popular, O Pequeno Tratado Das Grandes Virtudes, ele deixou bastante claro que uma vida virtuosa era totalmente independente da religião e que as grandes virtudes continuavam tão preciosas e elogiáveis quanto sempre foram, sem que necessitassem de qualquer tipo de fé para fundamentá-las.

“Sinceramente, será que você precisa acreditar em Deus para pensar que a sinceridade é melhor do que a mentira, que a coragem é melhor do que a covardia, que a generosidade é melhor que o egoísmo, que a doçura e a compaixão são melhores do que a violência ou a crueldade, que a justiça é melhor que a injustiça, que o amor é melhor do que o ódio? Claro que não! (...) Os que não têm fé, por que seriam incapazes de perceber a grandeza humana desses valores, sua importância, sua necessidade, sua fragilidade, sua urgência, e respeitá-los por isso?” (30)

Nisso se manifesta uma das principais divergências entre o pensamento de Nietzsche e Sponville - que, aliás, têm um longo artigo publicado na coletânea anti-nietzschiana Por Que Não Somos Nietzschianos?, onde sistematiza todas as objeções e reprovações que tem a fazer contra a obra do filósofo alemão. Para Nietzsche, os valores judaico-cristãos deveriam ser abandonados junto com a crença no Deus Único, e deveríamos proceder a umas “transvalorização de todos os valores”, à criação de um sistema axiológico completamente novo, onde as virtudes cristãs – tais como a esperança, a resignação, o desprezo pelo mundo físico, a repressão dos instintos sexuais e vitais – fossem totalmente abolidas em nome de outras virtudes.

Que Sponville tenha uma certa dívida com essa revolução moral pretendida por Nietzsche, não há dúvida – ele mesmo admite que o “hedonismo” que parecia emanar da doutrina nietzschiana trazia para o ar dos tempos um “vento tonificante e libertador”, já que a moral judaico-cristã era tantas vezes tida como “repressiva, castradora, culpabilizadora” (42). Mas em Sponville, apesar de existir sim uma crítica intransigente da esperança e da resignação, tão elogiadas no cristianismo, não há a sugestão de que se deveria fazer completa tábula-rasa desse passado que nos foi legado pela tradição judaico-cristã.

“Não se trata de 'inverter todos os valores', como queria Nietzsche, nem mesmo, no essencial, de inventar novos. Os valores são conhecidos; a Lei é conhecida. Faz pelo menos vinte séculos, em todas as grandes civilizações existentes na época, que a humanidade 'selecionou', como diria um darwiniano, os valores fundamentais que nos permitem viver juntos. (...) Não se trata, salvo exceção, de inventar novos valores; trata-se de inventar, ou reinventar, uma nova fidelidade aos valores que recebemos e que temos o encargo de transmitir.”


A religião pode cair, mas a moral não necessariamente cai junto. O Ivan Karamazov de Dostoiévski e Nietzche erravam quando sugeriam, quase que se manifestando como aliados de uma mesma doutrina, que “se Deus não existe, tudo é permitido” e que “nada é verdadeiro, tudo é permitido”.

Para Sponville é uma evidência que a perda da fé não conduz o indivíduo, de maneira alguma, a uma anarquia moral completa em que ele se permitiria fazer todos os atos que antes se proibia. Onde já se viu alguém tornar-se ateu e, por causa disso, começar a realizar tudo o que antes se proíbia (como estuprar estranhas na rua, a roubar o pertences legítimos de seus concidadãos, a assassinar seus desafetos)? Chega a ser uma suposição ridícula. É esse niilismo – considerado no sentido mais restrito: de uma atitude que pretende abolir completamente todos os valores – que Sponville vê como um perigo tão grande e que procura combater com tanta força. Para ele, é óbvio que diz uma tolice quem sugere que tudo é permitido se Deus não existe. Existem as leis da sociedade, e os métodos punitivos e preventivos que ela possui, por um lado; e existem as leis morais, e com elas o desejo do indivíduo de se sentir digno de sua própria humanidade. Isso basta.

* * * * *

O ATEÍSMO CONDUZ AO NIILISMO?

Talvez seja esse um dos grandes temores que atormenta a alma daqueles crentes que sentem, por vezes, a fé vacilar e ser posta em xeque, com desconfiança... Se a crença caísse, ela não levaria a pique, junto com ela, num naufrágio completo, todo valor? Que valor pode ter a vida, o mundo, o universo, quando se reconhecesse que Deus não existe? A morte da religião dentro dum espírito não conduziria necessariamente ao niilismo?

André Comte-Sponville e toda sua obra, e toda a sua vida, é uma negação encarnada dessa tese. Seu combate contra o niilismo sempre se manteve firme e forte e ele nunca aceitou que nenhuma gota desse veneno viesse contaminar sua doutrina. “O niilista, na linguagem corrente, é aquele que não acredita em nada, que não respeita nada, que não se impõe nem proíbe nada”, define ele. “Filosofia do tudo se equivale (já que nada vale), do para quê, da inanidade de tudo, da renúncia, do abandono... Paul Bourget, que tomou a palavra emprestada de Nietzsche, definia-a como 'um mortal cansaço de viver, uma sombria percepção da vaidade de qualquer esforço...”.

Que o niilismo seja uma “tentação” ou um “perigo” que ronda os ateus, principalmente aqueles que foram crentes e perderam sua fé, Sponville não o nega. Mas o combate contra essa tendência à apatia ou à anarquia moral sempre foi um de seus principais objetivos. Sobre este tema, ele se expressou brilhantemente em seu artigo O Niilismo e Seu Contrário, presente na coletânea de ensaios Bom Dia, Angústia!, onde sugere, num parágrafo extremamente denso, as razões para o niilismo. Segundo ele, seria um mero efeito da existência prévia de idealismo e religião. Por termos concentrado todo o valor em Deus ou em dimensões extra-terrenas de existência, esvaziamos de valor o mundo como ele é e como nos aparece – o único que de fato existe. O niilismo seria mero efeito do desapontamento.

“Conhece-se o diagnóstico nietzschiano. O niilismo resulta diretamente da morte de Deus, e, portanto, indiretamente, da religião. Depois de ter esvaziado o mundo de todo valor, depois de tê-lo depreciado em proveito dos retromundos metafísicos ou morais (o Ser, o Bem, o Absoluto, etc.), depois de ter concentrado em Deus toda plenitude e todo significado, a humanidade, incapaz de acreditar por mais tempo nesses fantasmas que criou, já não encontra diante de si senão esse mundo desvalorizado, senão esse mundo vazio e vão, sem condições de corresponder a nossas esperanças ou de oferecer um objetivo às nossas ações. Nieztsche se explica em A vontade de poder: 'Que significa o niilismo? Que os valores superiores se depreciam. Faltam os fins. Não há resposta para esta pergunta: 'para quê?' Isso era sem dúvida inevitável. Desde que se ponham os valores morais acima do mundo, o mundo só pode parecer imoral. Desde que se ponham as esperanças pessoais acima do real, o real só pode parecer decepcionante. Como Camus, comentando Nietzche, havia observado: 'o niilista não é quem não acredita em nada, mas quem não acredita naquilo que é'. Melhor: é porque não acredita no que é (idealismo, romantismo, religião, etc.), que acaba por não acreditar em mais nada (niilismo). O mundo é pegar ou largar. Enquanto se prefere alguma coisa ao real, vai-se rumo ao niilismo. Enquanto se prefere alguma coisa ao todo, prefere-se o nada.”

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Aceite, tudo depende de você

É engraçado como muitas vezes que me imponho ateia em alguma situação algumas pessoas se sintam contrariados em fazer amizade comigo ou então tentam de alguma forma me converter. Muitas vezes me dizem que eu ainda sou 'muito jovem' e não precisei de deus e um dia ainda vou acreditar, me dizem que por eu ter uma vida muito boa, não precisei de um auxílio.
Sinceramente, admito que eu realmente tenho uma vida boa, mas não por minha situação econômica, pelos pais que eu tenho, ou pelos amigos. Eu tenho muitos motivos pra levar minha vida de uma forma ruim. Eu mudei da minha cidade natal para uma cidade que nunca eu havia ouvido falar, onde ninguém se considerava morar em uma cidade boa. Eu fiquei sozinha mas nem por isso coloquei minha vida abaixo. Cada um transforma sua vida da maneira que quer. Fiz amigos, inimigos e vivi feliz. Depois de dois anos tive que mudar de cidade de novo, isto é, recomeçar tudo de novo, novas despedidas e nova vida. Nem por isso sofri. O que eu quis dizer com isso? Quero mostrar que não é deus e nem o diabo que faz sua vida, é você. Não adianta jogar os problemas pro alto e esperar que seu deus pegue e resolva, é você o maior responsável por suas vitórias e derrotas. Sua vida e os acontecimentos nela vividas são consequência do passado ou então do acaso, e isso parece ser tão difícil de se aceitar. É engraçado como há pessoas que acham facil fechar os olhos para os seus problemas e seus defeitos alegando que deus irá ajudar ou então que seus defeitos são normais da carne, enquanto julgar e condenar ateus é algo tão doce e tão ético de se fazer.
Como dizia Raul Seixas: "pena (eu) não ser burro, não sofria tanto", concordo.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Lavagem Cerebral

A religião, a crença em um deus que pune, foi a melhor forma de controlar a sociedade. A massa, como bem se sabe, é a maioria da população, logo punição física não seria viável. O sistema de que a pessoa será julgada sozinha, individualmente, cria uma forma de prepotência nas pessoas, que desde a infância já foram ensinas que sozinhos não são nada, fazendo elas, assim, marionetes do sistema. Além do que já publiquei no outro post, que as pessoas acreditam pela carência, as pessoas crêem por ser ensinadas desde a infância e por pessoas de seu próprio respeito: seus pais, avós, amigos; ensinam a elas toda doutrina de determinada crença, fazendo assim uma espécie de lavagem cerebral, isso força as pessoas, para que mesmo que não se tenha lógica alguma coisa, a acreditarem, fantasiando fatos improváveis para que as informações sejam aceitas; criando assim uma base sólida desde sua infância até atingir a maturidade, onde dificilmente suas ideias serão mudadas, assim ensinando seus filhos e netos sucessivamente.
A religião é necessária, uma crença é necessária. Parece que os humanos necessitam de um meio externo para ser um cidadão honrável. A religião proporciona no medo das pessoas uma espécie da barreira para que eles não pratiquem algo fora da sua aprovação. E é muito fácil, pois o próprio cristão tem medo de pecar, tem medo de pensar, pois até pensar determinadas coisas é pecado. É engraçado como os humanos são tão espertos e tão frágeis ao mesmo tempo. São mutáveis, volúveis. Por não ter uma resposta, acreditam na mais cabível ao seu meio, abrindo assim espaço para serem manipulados.
Apesar de muitos julgarem os ateus por serem, aos seus olhos, ‘miseráveis’, nunca pensaram no fato de que muitos vivem como cidadão de bem por opção, não pelo medo de ser punido, ou por uma espera de recompensa, como é assim pregada na doutrina. Rever conceitos é de graça e não faz mal a saúde. Passar bem!

(desculpem pelo texto, eu queria escrever alguma coisa mas não estou muito para redatora hoje. :P)

segunda-feira, 16 de março de 2009

Por que a crença?

Há um tempo atrás, quando acabara de me tornar atéia eu ficava questionando o porquê de tantas pessoas terem essa crença baseada em fatos tão absurdos. Foi quando fechei meus olhos para os meus próprios pensamentos antes permeados, acreditava que eu cria por ser criança, assim sendo, não entendia a razão para tantas pessoas crerem, mesmo sendo intelectualmente capaz de rever e reformular seus conceitos. Foi aí, pensando sobre isso que comecei a entender.
A frase "Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar." de Carl Saga, me abriu muito a cabeça. Eu discutia com crentes no intuito de mostrarem a eles a incoerência em que acreditavam, a farsa tão clara e exposta que teimam em sancionar, mas quanto mais eu analisava, mais via que não adianta tentar converter um crente de coisa alguma, se antes este não tiver disposto de entender e debater os fatos que você apresentaria.
Mas muitas das vezes o motivo da crença é um motivo de carência. Eu entendo que a visão de que esteja sozinho e isolado no mundo é perturbadora e que uma pessoa muitas vezes não consegue digerir tal idéia e colocam um terceiro para amortecer esse pensamentos. Deus é também uma base, um meio de aliviar as pessoas de certas tensões, muitas vezes têm a desculpa de que 'deus quis assim', ou até 'ele sabe o que faz' para amortecer fatos que não suportaria aguenta-los de outra forma, por isso ja desisti de tentar converter pessoas, por saber que tirar esta base, esse alicerce de alguém é muito cruel. Expondo minhas idéias neste blog, lerá quem se interessar, então não estou falando diretamente com ninguém.
Acreditar também é uma forma de fechar os olhos para a visão de finitude do ser humano. A idéia de finitude nunca foi bem digerida pelos crentes. A efemeridade da vida combinada com um fim definitivo, não é uma suposição suportável de se conviver.
Resumindo, a religião por si só não convenceria ninguém. Mas juntando ao sentido racional, o medo e a carência de um indivíduo, esse embolado de respostas fáceis são um prato cheio para qualquer pessoa que tenha indolência de pensar por si próprio.

Imprimatur

Primeiramente explicando o porque deste nome. Resolvi fazer uma metáfora, Imprimatur é uma declaração oficial da Igreja Católica para indicar uma obra literária boa para a leitura de qualquer católico. Neste blog estou disposta a mostrar minhas idéias, pensamentos e/ou opniões sobre o que a sociedade (mais diretamente à igreja) impõe sobre as pessoas e principalmente a minha visão, a visão de uma atéia, sobre o mundo. Espero também falar sobre o comportamento da sociedade como um todo, minha visão funcionalista. Não ligo com as sanções que poderei receber, por até já ter me acostumado com as mesmas, mas respeito nunca é demais. Se não concordar com alguma coisa que direi, exponha seu ponto de vista que assim poderemos discutir idéias.